domingo, 17 de maio de 2009

Impressões sobre avaliação formativa

Segundo Hadji (2006) podemos distinguir três grandes atividades educativas: Educação, ensino e formação. A educação, centrada nos valores, está a cargo da família, o ensino, baseado nas aprendizagens das disciplinas escolares, têm no currículo papel fundamental e a formação que gira em torno das aquisições de competências profissionais que pertencem aos centros especializados e escolas profissionais .
Se trabalharmos de acordo com está perspectiva podemos classificar a avaliação formativa como possuidora de uma transversalidade pertencente a estes três grandes campos educativos, não como ocupante da centralidade, mas, como norteadora, pois seus princípios vão além da aplicação de meras metodologias. Se em algum momento somos professores preocupados em promover o avanço dos alunos e sua autonomia, esta entendida como a capacidade de se autoavaliar e reconhecer seus próprios erros e acertos. Embora, de uma maneira não sistematizada estamos implementado os fundamentos da avaliação formativa. Não obstante, o profissional da educação não pode abrir mão de todo material teórico e prático disponível para o aperfeiçoamento do processo, sempre com a preocupação de impedir que as idéias saiam da sala de aula, com toda sua força inventiva e dinâmica e tornem-se apenas integrantes de alguma política educativa ou método que será apenas repetido mecanicamente.
A intenção deste texto é destacar que a avaliação formativa é uma estratégia pedagógica que vai de encontro a lógica excludente da escola autal e visa utilizar o erro como uma ferramenta, primordialmente, diagnóstica. Por fim, usando uma analogia feita pelo professor Mário Sérgio Cortella comparando biópsia( análise de algo que está vivo, mas tem algum problema que necessita ser identificado para promover uma melhora) com autópsia( naálise de algo que já morreu para encontrar as causas dessa morte). "Nas questões do nosso cotidiano no ambiente escolar, devemos fazer mais biópsias que autópsias se quisermos evoluir." É nesta lógica que entendo e defendo avaliação formativa.

Diferença entre gênero e tipo textual

Para produzir textos de qualidade, todos os alunos têm de saber o que querem dizer, para quem escrevem e qual o gênero que melhor exprime essas idéias. Por isso faz se importante que a diferença entre Gênero e tipo textual seja esclarecida.

Travaglia diz que o Gênero Textual se caracteriza por exercer uma função social específica. Para ele, estas funções sociais são pressentidas e vivenciadas pelos usuários. Isso equivale dizer que, intuitivamente, sabemos que gênero usar em momentos específicos de interação, de acordo com a função social dele. Quando vamos escrever um e-mail, sabemos que ele pode apresentar características que farão com que ele “funcione” de maneira diferente. Assim, escrever um e-mail para um amigo não é o mesmo que escrever um e-mail para uma empresa solicitando, pedindo um emprego, por exemplo. Os gêneros textuais também podem incorporar mais de um tipo textual, por exemplo, uma bula de remédio pode conter o gênero descritivo ao mesmo tempo que o expositivo.


exemplos:
1-Olá, desculpe não ter ido a sua festa, fica pra próxima... bjs!

2-Rio de Janeiro, 01 de fevereiro de 2000.
Ao setor financeiro,
Gostaria de notificar que o cheque emitido em 30 de dezembro foi devolvido pelo banco. Solicito que entrem em contato imediatamente para impedir o envio do mesmo ao setor jurídico.
Atenciosamente,
Chefe de departamento.
Os exemplos acima demonstram que embora tenha sido usado o mesmo canal, ou seja o e-mail, que constitue-se como um gênero, foi possível perceber que ele incorporou diferentes tipos, pois a intenção da mensagem varia de acordo com a intenção da pessoa que a envia.


Para Marcuschi, Tipologia Textual é um termo que deve ser usado para designar uma espécie de seqüência teoricamente definida pela natureza lingüística de sua composição. Em geral, os tipos textuais abrangem as categorias narração, argumentação, exposição, descrição e injunção (Swales, 1990; Adam, 1990; Bronckart, 1999). Segundo ele, o tipos textuais variam de acordo com a composição semântica, ou seja, a "arrumação" do texto define a que tipo ele pertence.
exemplos:
1- O filme trata da vida de uma menina vinda do interior que começa a trabalhar na cidade e passa porgrandes dificuldades...

2- Ontem bem cedo, pude perceber que o dia seria lindo, estava o sol taão radiante, os passarinhos cantavam, a grama parecia mais verde...

De acordo com os exemplos pode-se perceber que o primeiro faz uso da tipologia narrativa e o segundo da descrição.

Reflexão e avaliação

Lembra do trabalho do qual eu comentei da última vez que nos falamos, pois é, acabamos os processos de correção e veja só... foi muito produtivo e também um tanto incômodo, na verdade porque agente sai da zona de desenvolvimento real e entra na zona do desenvolvimento proximal isso causa uma certa desequilibração........(Ah!! lembrei de Vigotski viu... ) é bastante diferente ter a oportunidade de trocar de lugar com o professor e perceber quantos erros bobos agente comete, acho até que por vícios adquiridos nos anos escolares. A correção foi muito mais difícil do que eu havia imaginado. É como se perceber ali fazendo uma auto avaliação e sendo confrontado com seus próprios defeitos.
Enfim, foi uma aventura da qual não pretendo esquecer, sei que irá me auxiliar quando eu elaborar algum outro trabalho acadêmico.

Aula do dia 14 de maio

O professor nos pediu que fosse feita a leitura e um posterior trabalho em dupla a respeito de um texto muito interessante de nome : Oralidade e escrita: perspectivas para o ensino da língua materna. 6. Ed., São Paulo: Cortez, 2007.
O texto trata de um assunto, pra mim, um tanto inusitado que é a escrita do texto falado, digo inusitado porque nunca havia pensado que se pudesse distinguir a forma literária da forma falada. Além de ter um conteúdo interessante, o trabalho que vamos desenvolver diz respeito as organizações destes textos falados e a maneira da avaliação também é bastante inovadora, serão os alunos que irão avaliar a produção do colegas anonimamente. Muito importante será a aplicação deste aprendizado quando estivermos em sala de aula, pensando as atividades e trabalhando as questões da oralidade.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Proposta de atividades pedagógicas

Objetivo: Desenvolver habilidades linguísticas e cognitivas, perceber os sons da língua e estimular a pronúncia clara dos sons.
Turma de 5 anos

Podemos levar algumas revistas e jornais que contenham diversas figuras, dividir a turma em pequenos grupos e pedir que façam os recortes e mais tarde de forma ordenada, que tentem reproduzir através da escrita e da fala os sons que as figuras representadas emitem. Esta atividade irá desenvolver habilidades cognitivas a medida que será necessário usar a observação ou fazer a associação entre a imagem e o som. As habilidades linguistícas seriam trabalhadas ao emitirem apenas sons, muitas vezes desconexos, a criança trabalhará o aparelho fonador de forma natural o que estimulará a pronúncia mais clara dos sons. A professora pode auxiliá-los ao ler dando uma entonação especial aos diferentes sons levando-os a perceber os diferentes sons da língua.


Desenvolver a compreensão da leitura, a interpretação e a memorização.
Turma de 8 anos


Pedir que seja escrito um pequeno texto que contenha alguma história real ou imaginária. Fazer a troca com os colegas e determinar um tempo para que façam a leitura antes de recolher os textos. Após, peça para que um colega conte a história do outro e permita, dando alguns exemplos, que sejam respondidas algumas perguntas sobre o texto que foi trocado. Assim ao recontar ao histórias feitas pelos amigos elas estarão desenvolvendo maior interesse e por consequência também a memorização que acontecerá de forma natural. A compreensão do que foi lido será demonstrada quando ao repetir as histórias, a criança fará uso de palavras diferentes para recriá-la. As respostas às perguntas ajudarão a aperfeiçoar a noção de interpretação.

Comparar textos novos com textos já lidos
Turma de 7 anos

Podemos fazer uso de dois gêneros textuais bastante diferentes como por exemplo: uma carta e o rótulo de alguma embalagem que seja conhecida entre os alunos. Estimular a participação da turma pedindo que dois alunos leiam , um a carta e o outro o rótulo e logo após pedir para que digam quais as diferenças notadas por eles. É importante que seja dada ao final uma explicação a respeito das funções de cada texto. Como exercício em sala de aula determine a construção de três gêneros diferentes para que sejam comentados e haja a fixação do conteúdo.

Distinguir a pronúncia de alguns sons da língua que são muito parecidos tais como: t/d; f/v; p/b; q/g. Reconhecer a ortografia e a indentificação de palavras conhecidas através das sílabas.
Turma de 6 anos


Levar cartazes coloridos que contenham cada uma letra e outros com palavras e figuras que usem essas letras como iniciais, mas sem que as mesmas sejam escritas. Ler com expressividade cada letra e pedir que todos repitam individualmente. Em seguida pedir que completem oralmente, quais letras referem-se àquela imagem. Assim, as crianças irão perceber que apesar de possuírem sons parecidos o emprego dessas letras tem uso distinto. Além das cores e figuras prenderem a atenção, facilitando o reconhecimento daquelas palavras.

Memorização do texto oralmente, a leitura do texto no quadro ou no cartaz, formação de novas palavras a partir de sílabas identificadas.
Turma de 7 anos

Improvisar a encenação de um texto com a participação de alguns alunos. Pedir que após a apresentação, alguns trechos sejam reproduzidos pelos demais alunos, dessa maneira você poderá desenvolver a capacidade de memorização do texto oralmente. Com o auxílio de um cartaz faça a leitura em conjunto com a turma., pedindo que a partir das sílabas dos nomes de alguns personagens sejam formadas novas palavras.
Ao diversificar, através da peça e do texto, as maneiras de visualizar a história estamos proporcionanado uma relação mais próxima entre aquela realidade e a criança, portanto, facilitando o manuseio das palavras e consequentemente dando segurança para a realização de outras tarefas.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Duque de Caxias, 30 de abril de 2009.

Aula de TAE LP I

Começamos a aula por volta das 19:00, o texto proposto para discussão foi PROCESSOS INICIAIS DE LEITURA E ESCRITA ( Rosineide Magalhães de Sousa).

O objetivo do texto é o de contribuir para a nossa formação e pratica docente no início da alfabetização. Apesar de apresentar uma linguagem de fácil entendimento, algumas questões foram levantadas pelo professor, referentes a uma situação relatada no texto a respeito de uma criança ainda não alfabetizada, que contudo apresentava certo conhecimento sobre as letras e reconhecia certas marcas de produtos devido as idas ao mercado com a mãe. Com o auxílio de algumas caixas vazias de produtos comumente usados pelas donas de casa, o professor explicou que apesar de o menino conseguir identificar certas marcas, ainda não dominava o universo das letras, utilizando teorias de pesquisadores como Vigotsky, nos mostrou que, se fossem alteradas algumas características visuais das determinadas marcas o reconhecimento não mais ocorreria, sendo necessário portanto o uso de determinadas "técnicas" para desvincular a imagem da palavra. De posse dessas e outras informações, o que podemos notar é que a formação docente precisa, além de dedicação de conhecimentos específicos para que a nossa intervenção junto as crianças seja eficaz, consciente e benéfica.
Ao final da aula foi pedido que formássemos grupo de no máximo 4 integrantes para que ensaiássemos a respeito da elaboração de atividades que conseguissem desenvolver certas habilidades descritas na página 11 do texto. Meu grupo criou apenas uma atividade. Aparentemente os grupos estavam preocupados em conseguir concluir a tarefa.
Considero importante a realização deste trabalho, porém o grau de dificuldade será maior para os que como eu não trabalham no ambiente escolar, principalmente quanto a encaixar estas atividades nas faixas etárias correspondentes.